Paul Smith
Nascido em Nottingham, na Inglaterra, aos 18 anos e sem qualquer formação profissional, deu seu primeiro passo na carreira no mundo da moda: seu pai levou-o para trabalhar em uma fábrica de roupas.
Seis anos mais tarde, em 1970, ele abria com um reduzido capital sua primeira loja em sua cidade natal, a única no país, na época, vender roupas de estilistas internacionais fora de Londres. A loja funcionava apenas às sextas-feiras e aos sábados, pois durante a semana o dono tinha outro emprego.
Em 1979, Smith chegava a Londres, com um grande ponto de vendas instalado em Covent Garden. A partir daí, o estilista conquistou rapidamente uma posição de destaque na moda de vanguarda internacional. Fazendo de início apenas roupas masculinas, ele começou a ganhar uma clientela estrelada.
Casado com Pauline Denyer, uma professora de desenho a quem atribui apaixonadamente seu sucesso, Paul Smith tem a seu crédito, nos últimos anos do século 20, a revolução dos três ou mais botões nos paletós masculinos, que ganhou o mundo e acabou com a regra dos dois botões, vigente até então. E depois de ver que grande parte de suas roupas era comprada por mulheres, Smith criou uma linha feminina, sem fugir ao seu estilo já consagrado, partindo também para linhas infantis e esportivas, além de uma infinidade de acessórios.
Paul Smith recebeu o título de Sr. da rainha Elizabeth II em 1994, como homenagem ao seu trabalho excepcional, preocupando-se sempre em dar cada passo com muito cuidado.
Desfile Paul Smith Semana de Moda de Londres Inverno 2011.
Charme retrô contrasta com a ousadia moderninha da moda feminina na Coleção Inverno 2011 de Paul Smith.
A mulher que, pouco a pouco, surgiu nas passarelas da Semana de Moda de Londres foi resultante da progressão de uma moda onde o corte seco do primeiro terninho conquistou novas formas e proporções a cada look. Flanelas cinzentas, florais esvoaçantes e até mesmo materiais sintéticos de efeito plastificado foram alguns dos tecidos que acompanharam a transformação dos casacos da Coleção Outono Inverno 2010 2011 de Smith.
Belos vestidos trouxeram referências da década de 50 – reforçadas pela constante marcação da cintura por meio de cintos fininhos - para as passarelas de Paul Smith. Modelos simples, onde o destaque fica por conta do tecido, floral e esvoaçante, e do caimento rodado da saia, esbanjavam um charme inocente!
Perto do fim, as ladies de Paul foram ficando cada vez mais atrevidas ao carregarem um espírito punk nas suas novas roupas. Meias rasgadas, suéteres listrados, tules e muito preto foram os elementos que evidenciaram essa estética suavemente rebelde.
Calçando botas de montaria e finalizando o desfile da Coleção Outono Inverno 2010 2011 do designer Paul Smith com muito mais ousadia; suas últimas modelos trouxeram peças moderninhas em materiais sintéticos contrastadas com outras ainda de aparência conservadora para a passarela. Destacando e contrastando todas as facetas apresentadas dessa mulher o estilista elaborou uma proposta eclética e divertida que tem tudo para conquistar as jovens fashionistas da badalada Londres!